Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 13% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos sofrem de obesidade.
A obesidade de causa nutricional é a mais frequente e está relacionada com alimentação inadequada e sedentarismo. Problemas emocionais podem ser coadjuvantes ou advir do quadro de obesidade.
O erro alimentar, em geral está associado ao consumo de alimentos ultraprocessados, com excesso de gordura, açúcar e sódio.
Devemos ressaltar a importância do papel protetor do aleitamento materno na prevenção da obesidade.
Hábitos familiares saudáveis, que incluem alimentação e também atividade física, são fundamentais.
O período da Pandemia e o consequente isolamento estão agravando os padrões alimentares, com maior incidência de compulsão e erro alimentar.
A falta da atividade física só piora a situação.
Precisamos tentar manter os horários de refeições e cuidar para que sejam utilizadas verduras, legumes e frutas em quantidade adequada.
O cuidado com os lanches também deve ser redobrado. Incentivar as crianças a ter um mínimo de atividade ainda que dentro de casa vai ajudar a questão do peso e também a psicológica.
Pular corda e usar aulas para crianças encontradas no YouTube são boas opções.
A obesidade é uma patologia que necessita de constante atenção e cuidado, por ser uma característica que pode levar à doenças crônicas não transmissíveis do adulto, como diabetes, hipertensão arterial , doenças coronarianas, dislipidemias e neoplasias.
O tratamento da obesidade necessita de empenho da criança, da família e de ajuda de equipe multidisciplinar.
O cuidado deve ser precoce para evitar doenças futuras.
Dra. Claudia G. F. Troccoli Menezes, Gastropediatra – CRM 69769