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Não aos andadores infantis!

Perigosos e desnecessários, os andadores infantis precisam ser banidos do Brasil. Desde 2013, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em parceria com outras instituições, tem alertado as autoridades e a população sobre o perigo que os aparelhos representam para as crianças, pois podem levar a quedas, gerando traumatismo craniano e morte ou lesões cerebrais severas e irreversíveis. O INMETRO realizou Consulta Pública sobre a questão. A diretoria e o Departamento de Segurança da SBP enviaram seu posicionamento à instituição e conclamam todos os pediatras e também as famílias dizendo “Não aos andadores infantis! ”.

Proibidos pela Justiça

Desde dezembro de 2013, a Justiça suspendeu a comercialização dos andadores em todo o País. Liminar da Juíza Lizandra Cericato Villarroel, de Passo Fundo (RS), não foi contestada. No entanto, fabricantes e comerciantes vêm descumprindo a medida. “Está na hora de acabar com isso”, afirma o presidente da SBP, Eduardo da Silva Vaz. “Temos conhecimento de pelo menos três óbitos ocorridos no país – no Rio Grande do Sul, na Bahia e em Minas Gerais – ”, assinala a presidente do Departamento, Marislaine Lumena de Mendonça. “Estima-se que para cada criança que morre por trauma, outras quatro ficam com sequelas permanentes”. É um “enorme prejuízo” para a qualidade de vida das crianças, com “incalculável custo emocional e econômico”, completa.

A Ação Civil Pública (nº 1.13.0024301-7) contra os fabricantes de andadores teve início no Fórum de Passo Fundo (RS) – por iniciativa da Associação Carazinhense de Defesa do Consumidor, atendendo solicitação do pediatra Rui Locatelli Wolf, da SBP e do advogado Rafael Marin. Em sua decisão, a juíza citou artigos da Constituição Federal, do Código de Defesa do Consumidor e do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A presidente do Departamento de Segurança da SBP explica que o andador facilita o alcance da criança ao fogão, a produtos químicos, assim como proporciona tombos em superfícies com água e escadas, por exemplo. Dessa maneira, o aparelho expõe a criança a queimaduras, intoxicações e afogamentos, além de levar a um “aprendizado errado da marcha, na ponta dos pés”. Ortopedistas já relataram problemas, como o encurtamento de tendões”, acrescenta.

Fonte: http://www.sbp.com.br/reportagem/nao-aos-andadores-infantis-participe-da-consulta-publica/

Dra. Daniela Vinhas Bertolini, Pediatria e Infectologista Pediátrica – CRM 85228

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