O impetigo é uma doença contagiosa da pele provocada por bactérias que habitualmente moram na superfície da nossa pele ou ao redor das narinas. Pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas é mais comum em crianças. É uma doença muito comum dos meses quentes e úmidos, como o verão.
As bactérias responsáveis pela doença são o estreptococo e o estafilococo. Elas podem conviver com o ser humano sem causar danos, porém quando encontram pequenas portas de entrada, como picadas de inseto ou escoriações podem penetrar nas camadas superficiais e desencadear a infecção.
O contágio pode ocorrer através do contato direto com as feridas ou com gotículas da secreção nasal das pessoas infectadas ou, ainda, por objetos contaminados (roupas pessoais, de cama, de banho, brinquedos, etc.). O período de incubação varia de quatro a dez dias, fase em que o paciente pode transmitir a doença, apesar de não apresentar nenhum sinal visível da infecção.
As lesões podem ter aspectos bem variáveis, indo desde pequenas lesões com pús e crostas até bolhas ou áreas de descolamento de pele, produzindo lesões bem extensas.
Habitualmente é uma doença benigna, mas casos excepcionais, especialmente os não tratados, podem evoluir com complicações como celulite, erisipela, febre reumática ou doença renal (glomerulonefrite).
O impetigo não costuma ser uma infecção grave e algumas vezes cura-se sozinho. Entretanto, o tratamento com antibiótico costuma ser indicado para diminuir a chance de contaminação de outras pessoas, acelerar a resolução das lesões e diminuir os riscos de complicações.
Se as lesões forem muito discretas, o tratamento pode ser feito apenas com boa higiene e antibióticos tópicos (pomadas ou cremes). Habitualmente é introduzido o antibiótico sistêmico, oral ou injetável, a depender da gravidade do caso. Mesmo após a melhora clínica, esse deve ser mantido pelo tempo orientado na prescrição para evitar recaídas da doença e desenvolvimento de resistência da bactéria a medicação.
O contágio do impetigo ocorre dentro das primeiras 48 horas iniciais do antibiótico ou quando as feridas deixarem de eliminar secreção e estiverem cicatrizando. Durante esse período o paciente deve permanecer sem contato direto com outras pessoas, não frequentando escola ou creche.
Embora o impetigo possa ocorrer em pessoas saudáveis e asseadas, a higiene precária funciona como um fator predisponente. Por isso lave sempre com muita frequência as mãos, mantenha-se sempre de unhas curtas e limpas, separe objetos de uso pessoal de pessoas doentes, como toalhas, pentes, etc.
Em caso de dúvida, procure sempre seu médico.
Fonte: www.sbd.org.br
Dra. Daniela Vinhas Bertolini, Pediatria e Infectologista Pediátrica – CRM 85228