Epistaxe é o nome científico dado ao sangramento nasal. É um evento extremamente comum, estimando-se que pelo menos metade de toda população já teve algum episódio de epistaxe na vida. Apesar de assustador, a imensa maioria não apresenta gravidade e são de fácil resolução.
O sangramento nasal acontece quando rompe algum vaso do revestimento interno do nariz, sendo essa ocorrência relacionada ao ressecamento da mucosa, ou a outras causas como microtraumatismos (até por “cutucar” demais o nariz), sinusite, desvio de septo, alergia e até consequente ao uso de algumas medicações. Outras causas mais raras são tumores, corpo estranho, infecção ou alterações da coagulação.
O sangramento nasal pode ser seguido a mal estar, tosse, náuseas ou vômitos. Sempre a criança deve ser avaliada quanto a intensidade do sangramento e a repercussão causada. Se muito intenso, a avaliação médica sempre é necessária. Em casa a conduta inicial é inclinar o corpo e cabeça para frente e não para trás como todos costumam fazer, pois dessa forma o sangue acaba sendo deglutido.
Pode-se ainda usar compressa gelada ou leve compressão nasal para ajudar a interrupção do processo.
Caso seja necessária a ida ao serviço de saúde, ou por sangramento excessivo ou por ser esse frequente, a criança deverá ser avaliada por um otorrinolaringologista e esse definirá a conduta. Pode ser realizada a cauterização do vaso sangrante, o tamponamento ou até em casos mais graves, um procedimento cirúrgico, esse último acontecendo em um número muito pequeno de casos. Lembramos que manter a hidratação nasal é uma excelente forma de prevenção de sangramentos, especialmente nas épocas de tempo seco e meses frios. Em caso de dúvida, procure sempre a orientação de um profissional da saúde.
Dra Daniela Vinhas Bertolini – Pediatria e Infectologia pediátrica – CRM 85228