Nosso Blog

Leite de caixinha, pode?

Todos sabemos que o leite materno é o alimento mais completo é indispensável e deve ser mantido pelo menos até o 6° mês de idade. Dos 6 meses até 1 ano, dispomos de várias fórmulas infantis, que poderão ser utilizadas para o caso de haver necessidade de complementar o aleitamento materno.

O pediatra que acompanha o bebê, poderá indicar a mais apropriada para cada caso.

A partir de 1 ano de idade, normalmente as consultas com o pediatra são espaçadas, passando a ser a cada 2 ou 3 meses para crianças sem patologias associadas.

Devido à correria do dia a dia e também pelo fato de considerarem que o bebê já “cresceu”, muitas vezes, os pais acabam optando por utilizar para o bebê o mesmo leite que eles consomem: “leite de vaca” ou leite de caixinha.

Devemos esclarecer que 80% do cérebro se forma até 2 anos de idade. A nutrição afeta a estrutura e a função do Sistema Nervoso Central. O consumo de leite de vaca, aumenta o risco de anemia, pois se por um lado ele tem menor quantidade de ferro e menor biodisponibilidade , tem excesso de proteínas e minerais, o que acaba afetando inclusive a absorção de ferro de outros nutrientes. A anemia é uma das mais importantes causas de diminuição no desempenho cognitivo.

A partir de 1 ano de idade, devemos então optar por um leite adaptado ou composto lácteo. Ele é um produto à base de leite que contém proteína em nível adequado,e nutrientes como vitaminas, ferro, prebióticos, DHA. Mas afinal, o que são prebióticos?

Os prebióticos são fibras não digeríveis responsáveis por manter saudável a nossa microbiota, e que por isso,leva a uma consistência das fezes mais pastosa e ao mesmo tempo, melhora a nossa função imunológica. Estudos recentes indicam que a saúde da microbiota pode inclusive proteger de outras patologias, como stress, ansiedade e autismo.

O DHA ( ou Ômega 3) é um ácido graxo essencial, ou seja, o organismo não consegue produzi-lo e por conta disso é muito importante que seja reposto, sendo que o consumo do leite adaptado ou composto lácteo é uma oportunidade dessa reposição.

Ele está naturalmente presente no leite materno e em peixes como sardinha e anchova, mas muito provavelmente , a quantidade e a frequência que seus filhos comem esse tipo de alimento, não é suficiente para suprir a sua necessidade.

Ele é um nutriente fundamental para o desenvolvimento cerebral e das funções cognitivas, visuais e imunológicas.

Existem várias opções disponíveis para serem utilizadas a partir de 1 ano de idade. O uso dos leites adaptados deve ser mantido até 5 anos de idade.

Nesse momento, você pode estar se questionando quanto aos custos desse tipo de composto comparados ao “leite de caixinha”.

Dentre tantos benefícios, a diminuição do risco de doenças não transmissíveis do adulto, como obesidade, hipertensão, diabetes, acabam com qualquer dúvida.

Converse com o pediatra e ofereça o melhor para o seu filho!

Dra. Claudia G. F. Troccoli Menezes, Gastropediatra – CRM 69769

Está gostando do conteúdo? Compartilhe.

Deixe um comentário