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Ansiedade na infância

A ansiedade é muito comum nos adultos em função dos desafios do dia a dia, das cobranças e preocupações com relação ao futuro. Porém, nos dias de hoje, diante de tanta pressão, expectativas e excesso de atividades, as crianças também vêm sofrendo de ansiedade. De acordo com a Organização Mundial de saúde, uma em cada cinco crianças tem alguma desordem psiquiátrica. Segundo pesquisas do Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos, a mais comum é a ansiedade, a qual se encontra presente em 8% de crianças e adolescentes abaixo dos 18 anos.

Estamos falando aqui de uma ansiedade excessiva e preocupante que deixa de ser a ansiedade como resposta natural de defesa do organismo, passando a ser prejudicial. A ansiedade pode estar relacionada à características de personalidade da criança, porém tal condição tem sido agravada pelo cenário de imediatismo no qual estamos vivendo.

As perturbações ansiosas nas crianças e jovens podem ter um impacto significativo no funcionamento cotidiano, com conseqüências no desenvolvimento e com interferência nas aprendizagens, no estabelecimento de amizades e nas relações familiares. Muitas perturbações de ansiedade, quando ignoradas na infância, persistem na vida adulta, aumentando a probabilidade de se desenvolverem outros tipos de patologias.

Quais são os sintomas mais freqüentes?

  • Emocionais: tristeza, medo, preocupação, culpa, sensação de não ter valor, desesperança, alterações repentinas de humor, sensação de confusão mental.
  • Físicos: dificuldade em para dormir, sono agitado, inibição/lentidão de movimentos, agitação, mãos e pés frios ou suados, náuseas, alterações gastrointestinais, rubor facial, músculos tensos, dores no corpo, alterações na forma de respirar e tonturas.
  • Comportamentais: evitar a situação que causa ansiedade, voz trêmula, postura rígida, roer as unhas, chupar o dedo, crises de choro, isolar-se, evitar novas atividades, ataques de raiva e incapacidade de lidar com as tarefas diárias.
  • Cognitivos: diminuição da capacidade de atenção, concentração e memória, autocrítica freqüente, pessimismo, perda de confiança e foco nos acontecimentos negativos.

Os sintomas de ansiedade em crianças, geralmente são variados e confusos, aparecendo, muitas vezes como queixas somáticas.

Como os pais podem ajudar?

  • Diminuindo a própria ansiedade, buscando equilíbrio emocional;
  • Conversando com a criança sobre os medos, temores, angústias e o que está lhe perturbando e acolher seus sentimentos;
  • Ensinando a criança a observar sua respiração e a respirar calmamente;
  • Dando oportunidade e espaço para a criança brincar;
  • Incentivando o contato com a natureza e a prática de esportes ou atividades físicas prazerosas;
  • Procurando ajuda de um psicólogo.

Luciana B. Fantacini Skowronek, Psicóloga – CRP 06/48642

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