A amamentação é um dos primeiros atos de amor e doação da mãe para o bebê. Tem importância não apenas do ponto de vista de alimentação, mas também de transmissão de afeto, segurança, paz. Outro grande diferencial do aleitamento materno é a colaboração no fortalecimento do sistema imunológico, com prevenção de várias infecções, sendo relacionado também a diminuição da incidência de doenças da fase adulta. Além dos benefícios para criança, a amamentação tem várias maternas, tanto emocionais, quanto físicas.

Mas apesar de tantas vantagens, é um período de inseguranças e dúvidas. Uma das mais comuns é “Existe leite materno fraco? Ele pode ter uma composição inadequada ou insuficiente para o bom desenvolvimento do bebê?”

A resposta é não. Leite materno é o alimento ideal para o bebê, sendo o único produzido especificamente para atender a todas as necessidades do seu filho. Rico em todos os nutrientes essenciais para o bom desenvolvimento do bebê, possui além disso, anticorpos impossíveis de serem acrescentados a qualquer fórmula láctea que protege o bebê de várias infecções durante o período de amamentação.

É importante e interessante conhecermos os tipos de leite materno. Eles aparecem conforme a fase da amamentação. Podemos ter alterações menores também conforme a alimentação materna, consumo de álcool ou medicações durante o aleitamento, mas os tipos que descreveremos sempre são mantidos.

• Colostro: primeiro alimento que o bebê recebe, tem aspecto mais amarelado e espesso, aparecendo já antes do parto podendo permanecer até cerca de 5 a 7 dias após esse. Super rico em anticorpos e nutrientes para suprir as necessidades desses primeiros dias. Mesmo que consumido em pouca quantidade, devido ao seu grande valor calórico, deixará o bebê bem alimentado.
• Leite materno anterior: primeiro leite que sai da mama no momento da mamada, mais fluido, rico em água, sendo muito útil para saciar a sede e hidratar o bebê. Surge após o término da fase do colostro, assim como os tipos abaixo.
• Leite materno intermediário: leite de transição entre o anterior e posterior, sendo bastante rico em proteínas.
• Leite materno posterior: leite do final da mamada, mais espesso e amarelado, rico em gorduras e proteínas, sendo muito importante para saciar a fome e prover um bom desenvolvimento nutricional para o bebê.

É muito importante que ao amamentar, a mãe permita e insista para que o bebê mame aquele mesmo lado até o esvaziamento da mama. Ofertar um pouco de cada lado pode fazer com que o bebê não aproveite o máximo de todos tipos de leite. Somente dessa forma teremos um desenvolvimento nutricional efetivo, com o bebê crescendo forte e saudável!!!!!

Em caso de dúvidas, procure sempre a ajuda de um profissional de saúde.

Dra. Daniela Vinhas Bertolini, Pediatria e Infectologista Pediátrica – CRM 85228